Rodada 7: Vitória Pelas Laterais

5 de junho de 2010

Vindo de uma grande seqüência de resultados, o Fluminense chega ao estado de Santa Catarina buscando mais três pontos para assegurar um excelente começo de Campeonato Brasileiro antes da parada da Copa, que começará após a partida de hoje contra o Avaí no estádio da Ressacada e vai até a metade de julho (Não fiquem tristes, pois durante o período de Copa do Mundo estaremos torcendo com você na extensão do blog em http://diariodeumacopadomundo.blogspot.com/).
Do lado tricolor, a incrível fase do meia argentino Conca, dos atacantes Fred e Alan e do lateral-esquerdo Carlinhos têm animado muito a torcida, e nos resta hoje apenas esperar e torcer para que haja outra demonstração do show tricolor. #OShowTáComeçando

AVAÍ 0 X 3 FLUMINENSE

Avaí: Zé Carlos; Emerson Nunes (Gustavo), Emerson, Rafael; Marcos (Medina), Rodrigo Thiesen, Rudnei, Davi, Pará; Roberto, Leonardo.
Fluminense: Fernando Henrique; Mariano, Gum, Leandro Euzébio, Carlinhos; Diguinho, Diogo, Marquinho (André Luis), Conca; Rodriguinho (Alan), Fred.
Árbitro: Heber Roberto Lopes.
Gols: 43’ Leandro Euzébio (0-1), 49’ Fred (0-2), 56’ Alan (0-3).
Cartões: Amarelos: Rodriguinho, Leandro Euzébio (FLU).
Vermelhos: -

Fluminense começa muito bem, sem demonstrar qualquer receio por estar jogando fora de casa, partindo em jogadas de enorme velocidade e habilidade. Carlinhos joga recuado hoje ajudando na marcação. Roberto, atacante do Avaí, é um jogador muito perigoso para jogar solto.

Conca troca passes com Fred, que acerta um balaço completamente inesperado no travessão do goleiro alvi-celeste. Pouco depois, Roberto cruza e Marcos acerta a trave tricolor em resposta. O jogo fica muito agitado, com todos os jogadores correndo, tendo o time do Fluminense maior controle nas jogadas.

É algo muito animador o espírito que o time carioca tem exibido dentro de campo, demonstrando real vontade de conquistar resultados positivos na temporada 2010. Rodriguinho, apesar de demonstrar interesse no jogo, é o que parece mais desligado, e logo toma o amarelo por falta no meio de campo.

Pouco antes do intervalo, em bola alçada na área pelo embalado Carlinhos, o zagueiro Leandro Euzébio domina a bola e a chuta para o fundo das redes. É o primeiro gol da noite, dos visitantes, para botar realmente fogo no jogo para o segundo tempo. Esperamos que o jogo permaneça com toda essa pegada e raça no segundo tempo.

O time tricolor volta dos vestiários com apenas uma mudança, a entrada do jovem atacante Alan no lugar do apagado Rodriguinho. Alan tem entrado muito bem nos últimos jogos, e tal qual Fred, marcou gol nos dois últimos jogos.

E a vontade tricolor leva logo o time ao segundo gol em uma bola cruzada de forma fenomenal por Carlinhos para Fred, que apenas cabeceia para dentro do gol, levando a torcida ao êxtase. #OShowTáComeçando

Aos 11 minutos do segundo tempo, novamente, em jogada pela lateral, dessa vez pela direita, com Mariano, o Fluminense chega ao terceiro gol da noite dos pés de Alan. Excelente futebol demonstrado pela equipe tricolor. O time começa a cada vez mais demonstrar a cara do treinador, com jogadores entrosados e um futebol belíssimo de se ver.

Do lado do Avaí, são três Rs que se destacam no jogo, o zagueiro Rafael, irmão gêmeo do zagueiro tricolor Cássio, o meia Rudnei e o atacante Roberto. O jovem meia/lateral Medina também demonstra muita vontade, mas esbarra na boa atuação da zaga tricolor.

O tricolor das Laranjeiras freia um pouco o jogo, demonstrando estar satisfeito com o placar, mas mesmo assim não abre brechas e não deixa o Avaí jogar efetivamente. Só administrando o placar, o Fluminense consegue dominar o jogo, graças também às boas atuações de Diguinho e Diogo (surpreendentemente).

O técnico ainda lança o zagueiro recém-contratado André Luiz no lugar do meia Marquinho mudando o esquema do time, para que o zagueiro tenha uma reestréia com a camisa tricolor tranquila. A zaga demonstra sua firmeza e garante o resultado e uma ótima campanha para o Fluminense pré-Copa.

E a torcida tricolor pode ir satisfeita e muito esperançosa para aproveitar essa pausa durante os jogos da Seleção Brasileira, torcer por um dos ex-tricolores que mais está no coração dos torcedores cariocas, o zagueiro Thiago Silva. #ÉOMelhorZagueiroDoBrasilThiagoSilva

Durante a parada, o time permancerá unido treinando e se exercitando, junto dos reforços que ainda devem chegar ao plantel tricolor, para que possamos continuar muito felizes com o nosso Fluminense e possamos entoar com orgulho nosso marcante hino: “Sou Tricolor de Coração, Sou de um Time Tantas Vezes Campeão!” #SouTricolorDeCoração

Round 6: E Eis Que O Time de Guerreiros Está de Volta

2 de junho de 2010

Vindo de uma boa seqüência de jogos, o Fluminense repete mais uma vez sua escalção para melhorar cada vez mais seu nível de jogar em conjunto. O Vitória, campeão baiano de 2010, vem em declínio no Campeonato Brasileiro, apesar de ser um dos finalistas da Copa do Brasil. O rubro-negro baiano vem a campo com seis desfalques e muitas apostas, num esquema defensivo montando um ferrolho baiano no meio para impedir os ataques tricolores.

FLUMINENSE 2 X 1 VITÓRIA

FLUMINENSE: Rafael (Fernando Henrique); Mariano, Gum, Leandro Euzébio, Carlinhos; Diguinho, Diogo, Marquinho (Digão), Conca; Rodriguinho (Alan), Fred.

VITÓRIA: Vinícius; Nino, Reniê, Wallace, Egídio; Vanderson, Neto (Vilson), Jonas, Lenílson (Renan Oliveira); Evandro (Schwenk), Júnior.

Árbitro: Wilson Luiz Seneme.

Gols: 20’ Fred (1-0), 84’ Jonas (1-1), 87’ Alan (2-1).

Cartões: Amarelos: Gum (FLU), Vanderson, Lenílson, Jonas, Evandro, Neto (VIT).

Vermelhos: -

O Fluminense joga muito bem, Conca se destacando demais, sendo o melhor em campo de novo. O gol não tarda a sair, e o artilheiro Fred, depois de rebote de chute de Marquinho, manda para o fundo das redes. Fluminense ataca constantemente, dando pouquíssimas chances para o time baiano. Nino, lateral do Vitória, é o destaque do adversário, indo tão bem ofensiva quanto defensivamente.

Momento de preocupação para a torcida, quando o goleiro Rafael tem que ser substituído às pressas depois de tomar uma joelhada na cabeça do meia rubro-negro Lenílson. Ele teve um corte profundo na testa, e Fernando Henrique entrará em seu lugar. Estaremos orando pelo goleiro tricolor, para que se recupere logo e volte à ativa. Um absurdo o jogador do time baiano só ter tomado cartão amarelo.

O meia argentino Conca realmente está em excelente fase, fazendo dribles espetaculares, valendo por si só já o preço do ingresso.Ele tabela com Fred e manda bola na trave. #OleoleoleoláConca

Fluminense joga de forma bastante ofensiva, mas falta calma no última chute. Na volta do segundo tempo, a defesa às vezes desliga, precisa ter mais atenção. Diguinho, entretanto, permanece jogando muito bem. Ainda assim, é Conca quem continua demonstrando um futebol excepcional, impressionante. Nino continua sendo o destaque baiano, do outro lado do campo, o outro lateral, Egídio aparece bem também. Renan Oliveira, que entrou no segundo tempo, é jovem, mas tem muita visão de jogo. Não entendo por quê o Atlético Mineiro o emprestou ao invés de utiliza-lo.

Carlinhos continua querendo muito jogo, sempre se lançando à frente. Vitória faz muitas faltas, com Evandro e Neto.

Muricy muda o esquema pro 3-5-2, pondo Digão no lugar de Marquinho, para conter os homens de frente do time baiano. O Fluminense troca bem passes, Carlinhos sempre se arriscando, continuando com o mesmo ímpeto dos jogos passados. Conca ainda é o melhor de todos, impossível compreender como está fora da seleção argentina pra Copa de 2010 (que terá cobertura da extensão do blog, o em breve no ar ‘Diário de uma Copa do Mundo’, fiquem atentos).

O atacante Júnior é perigoso, merece atenção especial. Nino é o responsável por tentar anular o veloz Carlinhos. O time baiano mantém pegada firme o jogo todo.

O Vitória empata o jogo aos 39 do segundo tempo, com Jonas cabeceando para o gol guardado por Fernando Henrique. #EsseÉoFernandoHenriqueQueEuConheço Falha do goleiro reserva, que não saiu para bater a bola para fora. O Fluminense é castigado pela falta de eficiência na frente do gol adversário.

Leandro Euzébio cabeceia cruzamento de Conca pra fora, tirando tinta da trave, faltou pouco para o Fluminense voltar a estar na frente no placar. Mas a bola da noite tem sangue tricolor. Gol do Fluzão aos 42 do segundo tempo, Alan em dois tempos, de canela, assegura os 3 pontos para o tricolor carioca mandando pra dentro do gol rubro-negro. Torcida vai a loucura. #OShowTáComeçando

Me ouçam com atenção: Quando a bola quer entrar, não há trave ou goleiro que impeça o seu destino de se cumprir, seja atabalhoada ou caprichosamente, a bola volta ao abraço caloroso da rede, dando nova vida e emoção à torcida, em êxtase.

O Vitória continua fazendo muitas faltas, até no meio de campo para segurar o time carioca, ameaçando um novo empate em cobrança de falta defendida por Fernando Henrique no final do jogo.

Termina o jogo com mais uma vitória do tricolor das Laranjeiras.

E eis que o time de guerreiros está de volta.

Round 5: Vitória na Base da Técnica

30 de maio de 2010

Para manter o embalo pela vitória do clássico contra o Flamengo, o tricolor carioca hoje tem pela frente um páreo duro, o clube Atlético Mineiro dentro do estádio do Mineirão. Time com diversos destaques ofensivos, o time mineiro tem sido um dos destaques das últimas edições do Campeonato Brasileiro, tendo seu artilheiro Diego Tardelli sido mencionado na lista de possíveis peças de reposição para a Copa da África do Sul neste ano. Do lado tricolor, o atacante Fred, que também viveu a expectativa de ser convocado para vestir a amarelinha, viu suas chances sumirem quando se lesionou durante o primeiro semestre e ficou um tempo afastado dos gramados, fato agravado pela apendicite da qual foi acometido há menos de um mês atrás.
O duelo de hoje mostra muito potencial para ser uma partida épica, com os técnicos com o maior número de títulos de campeão no Brasileirão da era de pontos corridos,: Muricy Ramalho, técnico tricolor, que foi tricampeão pelo São Paulo no triênio 2006-2007-2008; e Vanderley Luxemburgo, bicampeão pelo Cruzeiro em 2003 e pelo Santos em 2004. O duelo promete. #OShowTáComeçando
A torcida atleticana, fanática pelo clube, torce mesmo longe do estado de Minas Gerais, como é o caso do torcedor Lucas Conrado Silva, estudante de jornalismo da UFRJ, que mostra que o orgulho e a paixão atleticana a todos que o conhecem sem inibição alguma, o que acentua que o apoio das arquibancadas podem ter grande efeito durante o jogo dentro de campo. A torcida tricolor é semelhante, basta que lembremos a campanha na Copa Libertadores da América de 2008, em que o Fluminense foi vice-campeão após passar 23 anos sem se classificar para o torneio, e a reta final do Campeonato Brasileiro do ano passado. Hoje, a tarde promete muitas comemorações e belas demonstrações de apoio.
...
O Atlético Mineiro vem a campo com alguns desfalques relevantes, como o zagueiro Jairo Campos, que está suspenso por ter tomado o terceiro cartão amarelo na última rodada frente ao Vitória, dentro da Bahia, e o volante Corrêa, que teve o empréstimo pelo Dínamo de Kiev, da Rússia, terminado e não renovado. O paraguaio Benítez, e o jovem João Pedro devem ser os substitutos, respectivamente. Este, porém, ainda luta com o experiente lateral Junior pela posição.

Do lado tricolor, muita festa, pois será a partida comemorativa do 150º jogo do argentino Conca com a camisa do tricolor das Laranjeiras, clube com o qual ele diz ter um vínculo fortíssimo e o apoio e admiração da torcida. #OleoleoleoláConca

De resto, Muricy deve levar a campo o mesmo time que teve nas partidas contra o Corinthians, em São Paulo, e contra o Flamengo, no Maracanã, para que adquiram cada vez mais entrosamento e habilidade de tocar a bola.

ATLÉTICO MINEIRO 1 X 3 FLUMINENSE

Atlético Mineiro: Marcelo; Coelho (Ricardo Bueno), Lima, Werley, Leandro; Zé Luis, Júnior (Diego Macedo), Fabiano (João Pedro), Ricardinho; Muriqui, Diego Tardelli.

Fluminense: Rafael; Mariano, Gum, Leandro Euzébio, Carlinhos; Diguinho, Diogo, Marquinho (Júlio César), Conca (Digão); Rodriguinho (Alan), Fred.

Árbitro: Sandro Meira Ricci.

Gols: 2’ Muriqui (1-0), 61’ Gum (1-1), 64’ Alan (1-2), 91’ Fred (1-3).

Cartões: Amarelos: Lima, Fabiano (CAM), Marquinho (FLU).

Vermelhos: -

O Fluminense começa sonolento, e logo toma o gol aos 2 minutos de jogo, em jogada muito bem armada de Coelho, Ricardinho e Muriqui. Há muita velocidade na troca de bola e no ataque atleticanos, deixando a torcida tricolor muito preocupada. Ainda assim, Rodriguinho e Conca buscam jogo, sendo as contra-partes de Diogo, que praticamente inexiste na marcação aos jogadores do Atlético. Diguinho acerta a mão na cara de Tardelli, que sangra. Poucos instantes depois, quem sofre lance semelhante é Rodriguinho, que também é atendido pelos médicos. É visível que precisamos anular o ataque mineiro, mas não de forma anti-esportiva.

O tricolor tem muitas chances de bola parada, mas está cabeceando muito mal. O jogo é muito veloz, indo de um lado do campo a outro, com muito ataque dos dois lados. Fred joga bem, mas é muito lento quando em posse da bola. Muriqui joga muito bem, se movimentando pelo campo e arriscando chutes.

Uma lição é clara: o Fluminense precisava treinar muito cabeçadas, pois finaliza muito mais, mas lhe falta objetividade. Rodriguinho fica mais apagado no jogo, demonstrando que deve ser necessária uma mudança no ataque tricolor, seja de jogador ou de atitude. Quem mais se mostra no jogo são Conca, Fred, Carlinhos e Diguinho.

Marquinho erra passes fáceis, dificultando algumas jogadas tricolores. Diogo atua num nível baixíssimo, sendo o pior jogador em campo. Muricy precisa botar o Everton no lugar do Diogo no intervalo, mas aparentemente tudo que faz é sacar o atacante ex-Santo André e botar o jovem Alan.

Carlinhos tenta empurrar o time pra frente, mas não tem ninguém com quem contar, ajudando na marcação e no ataque, demonstrando muita garra. Entretanto, falta empolgação nos homens de frente tricolor. Do lado do Atlético, o lateral Coelho é o jogador que mais aparece no jogo.

O Fluminense finalmente acerta a jogada aérea, e Gum empata o jogo cabeceando a bola saída do escanteio cobrado por Marquinho. Fluminense, apesar de não empolgar ofensivamente, se mostra melhor em campo. E em poucos minutos, eis que surge a virada tricolor em chute sem ângulo de Alan, a bola passa entre o goleiro e a trave, surpreendendo a todos, inclusive a torcida. E a torcida vai à loucura! #OShowTáComeçando

O terceiro gol tricolor fica no antebraço do goleiro Marcelo, que agarra na sorte chute com quique de Fred. Há muitos escanteios para o Fluminense, mas nenhum gera uma finalização efetiva Carlinhos joga muito, levando o time pra frente. Fred chuta mascado marcado por Lima em frente ao gol, estragando a melhor chance de ampliar o placar pro Fluminense.

João Pedro dá pontapé em Conca, que reclama com o juiz, mas ele não dá amarelo. Marcelo impede mais um gol do Fluminense, num chutaço de trivela do Conca. Depois de uma melhoria muito considerável no ataque tricolor, a defesa não fica muito atrás. Leandro Euzébio e Gum marcam muito bem as chegadas do Atlético Mineiro.

Diego Tardelli isola de debaixo da trave, quase empatando o jogo. O gol mais perdido da rodada, provavelmente. Agora, depois do Marquinho ter revertido todas as críticas do primeiro tempo, Muricy o saca para por Julio César em campo aos 40 minutos do segundo tempo, provavelmente para consumir o tempo restante.

Luxemburgo inconformado com as chances perdidas pelo Atlético. Torcida mineira alterna vaias e gritos de apoio ao time. Gum excepcional no segundo tempo, junto com toda a zaga tricolor. O sistema de marcação está sendo eficiente e preciso.

Conca é substituído sob muitos aplausos e gritos da torcida tricolor no Mineirão. #OleoleoleoláConca

E ainda há tempo para mais um! O terceiro gol tricolor é assinado pela chuteira de Fred, em mais uma excelente jogada de contra-ataque. A estratégia defensiva tricolor de bom posicionamento e com os homens de ataque ajudando na marcação, passando a ficar na base de contra-ataques, sem se expor muito, funciona de maneira impecável. O jogo termina, marcando a primeira vitória fora de casa do tricolor, de virada. Cada rodada o time demonstra mais união, é um passo de cada vez, e a decisão de hoje, pelo menos, nós conquistamos. Hoje, a torcida tricolor carioca dorme feliz, satisfeita com a atuação geral.

Quarto Round: Mostrando a Que Viemos

26 de maio de 2010
Abatido pela saída iminente de seu imperador (que para mim está mais pra bobo da corte), o Flamengo será o adversário do Fluminense essa rodada. O clássico mais charmoso do país se faz presente mais uma vez no Campeonato Brasileiro. Do lado do Fluminense, o técnico Muricy Ramalho repete a escalação da partida contra o Corinthians para que os jogadores adquiram mais entrosamento, e do lado do Flamengo, algumas peças novas querem mostrar a que vieram. Torçamos para que seja um espetáculo como só esse duelo pode ser.

FLUMINENSE 2 X 1 FLAMENGO

FLUMINENSE: Rafael; Mariano, Leandro Euzébio, Gum, Carlinhos; Diguinho, Diogo, Marquinho, Conca; Rodriguinho (Alan), Fred (André Lima).
FLAMENGO: Bruno; Leo Moura, David, Ronaldo Angelim, Juan; Fernando, Toró, Rômulo (Ramon), Camacho, Vinícius Pacheco (Diego Maurício); Vagner Love.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique.
Gols: 10’ Rodriguinho (1-0), 55’ Conca (2-0), 90’ Bruno (2-1).
Cartões: Amarelos: Gum (FLU), Leo Moura, Toró, Fernando, Camacho, David (FLA).
              Vermelhos: Fernando (FLA).

O Fluminense começa de maneira fulminante, marcando o primeiro gol logo aos 10 minutos, o primeiro de Rodriguinho com a camisa do Fluminense, após jogada excelente do meia argentino Conca, que continua sendo o maior destaque do time, montando jogadas de pura habilidade e driblando perfeitamente. Marquinho participa bem, enquanto Diogo erra muito o tempo de bola. Do lado do Flamengo, Vagner Love e Vinícius Pacheco jogam bem, chegando nas poucas chances com velocidade à área tricolor, esbarrando nas boas defesas do goleiro Rafael.
Toró primeiro segura a cabeça de Conca com uma mão e depois da um tapa no rosto dele com a mão, merecia ter sido expulso direto mas o juiz releva, não dando nem cartão amarelo. A torcida tricolor, e eu me incluo nisso, não ‘apreciamos’ nem um pouco o volante rubro negro Toró, jogador ingrato que teve todo seu preparo e recuperação de lesões sérias pagas e cuidadas pelo Fluminense quando este ainda era jovem e foi, como se poderia esperar de um pretenso flamenguista, correndo pra jogar pelo Flamengo. Garanto que este é um jogador que eu jamais quero ver usar a camisa tricolor de novo, contrataria qualquer João Ninguém antes dele, pode ter certeza, preferiria entrar em campo todo jogo com um a menos, se bem que com ele em campo essa é a hipótese que mais ocorre de qualquer maneira.
Fluminense joga muito bem, estimulando a torcida, que canta muito. Na volta do intervalo, o Flamengo com algumas alterações cria algumas chances, porém é superado pelo time tricolor, que amplia o placar pelos pés de Conca, melhor jogador em campo, num balaço de fora da área, indo morrer no fundo das redes do supersticioso Bruno, que trocou de camisa no vestiário achando que o fraco futebol do Flamengo se devia aos seus trajes. Coitado, só posso dizer isso.
Toró enfim toma o cartão amarelo por falta em Carlinhos, lateral que tem sido um dos maiores destaques do jogo e que a meu ver merece estar na seleção da rodada, indo com muita velocidade e eficiência a frente. Em outra jogada de Carlinhos, Fernando dá um carrinho criminoso para para-lo e é corretamente expulso.
Vai chegando o final do jogo e a torcida entoa o refrão que marcou os últimos anos tricolores “O show tááááááááá cooooooomeeeçandooo”. A cena da torcida branca, verde e grená é tão bela que aparece no vídeo da FIFA para a Copa do Mundo que se realizará esse ano na África do Sul em menos de um mês.
Ao final do jogo, Gum faz bestamente falta em Vagner Love na entrada da área, permitindo ao Flamengo o gol de honra do goleiro Bruno, cobrando o tiro livre. O goleiro não comemora pela sua péssima fase de relação com a torcida. Acho que nenhum deles está nem aí para o outro. #Significa #OShowTáComeçando
Termina o jogo, o Fluzão conquista uma bela vitória marcada por um ótimo futebol e demonstrando um entrosamento que ficará mais evidente nos jogos por vir em seqüência. Agora sim deu pra sentir satisfação real de assistir uma partida do Fluzão. Vamos que vamos, que engrena.

Terceiro Round: Bandeirinhas da Discórdia

23 de maio de 2010

O jogo de hoje é importante. Contando com um time que mistura experiência de jogadores maduros com boas passagens pela Europa e o futebol agitado de alguns ainda novos no ramo futebolístico, o Corinthians será o primeiro teste para o jogo tricolor. O Fluminense praticamente acertou a contratação de dois jogadores do São Paulo, o zagueiro André Luis, que já jogou no tricolor das Laranjeiras em 2001, e o volante-meia Cleber Santana, que devem ser apresentados na semana que vem. Negociações com Araújo desenvolvem e provavelmente culminarão num final feliz.
...
O Corinthians pode sofrer um certo desmanche, perdendo Dentinho pro Benfica (POR), Marcelo Mattos que tem o empréstimo do Panathinaikos (GRE) acabando em breve, Paulo André que também tem o empréstimo se encerrando, mas o Corinthians tenta negociar com o recém-caído no Campeonato Francês LeMans, que tem contrato com o zagueiro. Ronaldo não joga hoje, poupado para recuperar condições físicas.O Fluminense terá o retorno de Fred, Alan e Gum, e a estréia de Carlinhos, lateral ex-Santo André.

CORINTHIANS 1X0 FLUMINENSE

CORINTHIANS: Felipe; Moacyr, William, Chicão, Roberto Carlos; Jucilei (Tcheco), Elias, Ralf; Jorge Henrique, Dentinho (Defederico), Souza (Paulo André).

FLUMINENSE:Rafael; Mariano, Gum, Leandro Euzébio, Carlinhos (Alan); Diguinho (André Lima), Diogo, Marquinhos, Conca; Rodriguinho, Fred.

Juiz: Leonardo Gaciba da Silva.

GOLS: 11’ Chicão (1-0)

CARTÕES: AMARELOS: Jucilei, Felipe, Jorge Henrique, Defederico (COR), Leandro Euzébio, Diguinho, Conca (FLU).

VERMELHO: -

O Fluminense começa desligado, e toma gol de falta do ótimo zagueiro Chicão, que cobra no canto de Rafael. O time troca bem os passes no meio de campo pra frente, o que não pode ser dito no campo de defesa.

Bandeirinha anula duas jogadas legais do Fluminense, uma delas que resultaria no gol de empate dos pés de Rodriguinho. Carlinhos lança bola na área depois de rebote de escanteio e Fred perde a melhor chance do jogo, cabeceando para fora. Bandeirinha duvidoso no lado direito do campo.

Começa o segundo tempo sem alterações. A atuação de Diguinho não está agradando o treinador tricolor, e provavelmente será substituído em breve em função dos passes errados e da demora em fazer as jogadas. Rodriguinho permanece atacando. Diguinho, destoando da atuação geral, cruza perfeito para Fred, que se lança, porém manda à direita do gol corintiano, assustando a torcida do Pacaembu. Falta precisão no ataque tricolor. Novo erro do bandeirinha, dessa vez o da esquerda, anulando mais uma jogada do time carioca. Comentaristas da TV Globo tendenciosos para os times paulistas, apesar de terem reconhecido dois dos três lances equivocados do trio de arbitragem, não surpreendem ninguém, com certeza. O juiz em si não tem interferido muito no jogo, mantendo-se numa medida relativamente correta. O mal humorado Mano Menezes só sabe fazer reclamar.

Pênalti para o Fluminense do goleiro Felipe em Fred, anulado pelo bandeirinha. Bandeirinhas roubando direto, um absurdo completo. Muricy aponta para Mano Menezes e o adverte “Você está apitando o jogo”, e eu concordo plenamente com ele. O juiz não tem erro no jogo, quem errou até agora de maneira descarada foram os dois bandeirinhas.

Fluminense ataca bem, demonstra que quer vencer o jogo, entretanto, o entrosamento Diogo/Diguinho está péssimo. Everton ou Equi Gonzalez precisam entrar.

Corinthians no campo defensivo majoritariamente, sem conseguir sair pro jogo, devido aos ataques constantes do Fluminense. Mano Menezes parece um Sith da série Star Wars, todo vestido de preto. Defederico toma cartão amarelo por simular penalidade. Diogo horroroso no jogo, errando até rebote de lateral cobrada pra ele.

Infelizmente, por mais que o Fluminense tenha tentado, não conseguiu balançar as redes alvinegras. O próximo jogo será o clássico contra o Flamengo, maior rival da história do Fluminense e demonstrar bom futebol sem resultado não servirá de muito aí. Agora é torcer muito, potencial para ganhar, o time tem, só precisa faze-lo.

Segundo Round: Primeira Vitória

15 de maio de 2010
Após uma semana marcada por muitas especulações de reforços para o elenco tricolor com jogadores mais experientes, o Fluminense tem pouco para mostrar fisicamente. O tricolor das Laranjeiras contratou outro dos destaques do time do Santo André, vice-campeão paulista, o lateral-esquerdo Carlinhos, evidenciando assim que não está satisfeito com o baixo rendimento do lateral Julio César. Muitos falam da maldição da camisa 6 tricolor que vem desde a segunda saída do lateral Júnior César, hoje no São Paulo. Na minha opinião, isso vem de antes dele até, desde que vendemos o Marcelo, muitas vezes convocado para a Seleção Brasileira de Dunga, para o Real Madri. Ainda lembro de um dos gols mais bonitos que já vi durante o ano em que o lateral recém-promovido dos juniores participou de forma vital. Foi o segundo gol contra o Figueirense na vitória por 2 a 0 dentro do Maracanã pelo Campeonato Brasileiro de 2006, quando Marcelo driblou três jogadores alvinegros, tocou de letra para Petkovic, hoje no Flamengo, que driblou mais dois incluindo o goleiro, e mandou pro fundo das redes. Incrível, simplesmente incrível. #EuEstavaLá.

Voltando a 2010, o Fluminense se envolveu em muitas negociações essa semana sem muitas conclusões. Um dos reforços dados como certo, o experiente volante Tinga, ex-Internacional, acabou voltando para o colorado apesar de ter sido divulgado em todas as mídias que ele estaria certo com o Fluminense, o que só mostra a fraqueza da diretoria em finalizar as contratações. Ainda esperamos a apresentação do Araújo, atacante ex-Cruzeiro e Goiás, que atua na Arábia e já foi eleito várias vezes o melhor jogador do Campeonato Árabe. Acredito que ele seria até um reforço muito mais significativo que alguns dos nomes levantados recentemente, como Tcheco, do Corinthians.

A mais badalada possível contratação, entretanto, permanece sobre a possibilidade do meia luso-brasileiro Deco, de 32 anos, vestir a camisa tricolor a partir de agosto, quando a janela de transferências do mercado europeu reabrir. Apesar de concorrer com Corinthians, Palmeiras e Sporting Lisboa pela contratação do experiente jogador da seleção portuguesa que vai a Copa desse ano, tenho sinceras esperanças que o Fluminense consiga contrata-lo, principalmente pela oferta financeira feita ao jogador, de nível dos grande clubes europeus. Como ele está na lista de dispensa do time inglês Chelsea, sua transferência pode ser muito facilitada por isso. Só o tempo dirá, porém, que destino terá o jogador.
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Para o jogo de hoje do Fluzão, haverão várias novidades em campo. Depois de penar na primeira rodada com os desfalques, o técnico Muricy Ramalho vai poder contar com as apostas contratadas após o Campeonato Carioca e o recém-chegado Rodriguinho, ex-atacante velocista do Santo André, que formará dupla de ataque com André Lima, a princípio. De negativo, pode ocorrer a não-escalação do meia argentino xodó da torcida, Darío Conca, que sofreu uma leve entorse no tornozelo esquerdo. Pouco antes da partida será avaliado se ele terá condições de jogo. Conhecendo o futebol do craque argentino, garanto que toda a torcida tricolor torce por ver Conca em campo no primeiro jogo do Fluminense dentro de casa no Campeonato Brasileiro, onde pegaremos o time misto do Atlético Goianiense, semi-finalista da Copa do Brasil. Agora é esperar a bola rolar.

FLUMINENSE 1 X 0 ATLÉTICO GOIANIENSE

FLUMINENSE: Rafael; Mariano, Leandro Euzébio, Digão, Julio César (Everton); Diguinho, Diogo, Marquinho, Conca; Rodriguinho (Wellington Silva), André Lima.

ATLÉTICO GOIANIENSE: Edson; Jairo, Ayrton, Welton Felipe, Chiquinho; Erandir, Pituca (Agenor), Elias (Anaílson), Robston; Marcão, Rodrigo Tiuí (Keninha).

Árbitro: Carlos Eugênio Simon.

Gols: 69’ Marquinho (1-0).

Cartões: Amarelos: Welton Felipe [2] (AGO), Leandro Euzébio (FLU).

Vermelhos: Welton Felipe (AGO).

O Fluminense age de maneira muito mais ofensiva que no outro jogo, partindo pra frente, principalmente com Conca, que conseguiu ter condições de jogo. O argentino acerta o travessão várias vezes e bate faltas muito perigosas, revelando estar muito mais focado que na semana passada, mal parece que estava com risco de não jogar. Falta só o time ter mais objetividade na hora de chutar, mas está jogando bem. Digão, destoando, precisa acordar para o jogo, pois está dando passes perigosos na entrada da área, gerando algumas chances do Atlético marcar, parando nas mãos do goleiro Rafael.

Leandro Euzébio, nosso outro zagueiro, surge como boa opção nas batidas de falta e escanteios, esbarrando nas boas defesas e bom posicionamento do goleiro Edson. Erros de passe no meio-de-campo continuam sendo o maior empecilho pro Fluminense, que é alvo de muitas faltas do time goiano, principalmente em cima do Conca, sempre próximo à área atleticana, para conseguir para-lo. O argentino mostra todo o futebol e desenvoltura que tem, sendo o maior destaque do jogo, acertando outro balaço no travessão em cobrança de falta aos 12 do segundo tempo. Já ocorreram dois gols anulados do Fluminense, mas sem polêmica, corretamente retirados. O goleiro Edson é que é de fato o destaque do Atlético na partida, agarrando tudo que vai na direção do gol, com as mãos ou os pés, como no chute a queima-roupa do já mencionado Conca. Pressão tricolor no começo do segundo tempo, apesar disso, André Lima permanece demonstrando o pouco futebol do último jogo.

Goleiro Edson parece uma muralha, todo chute bate nele, impedindo o placar de sair do zero, seja em chutes do Conca, Rodriguinho ou Marquinho, que são os que mais finalizam a gol do lado do Fluminense. Aos 24, finalmente o grito tricolor abandona a garganta do torcedor após o chute de Marquinho finalmente quebrar a defesa de Edson, rolando devagar para dentro do gol, é o primeiro gol do Fluminense no Brasileirão.
Welton Felipe, único jogador que tinha tomado cartão na partida, segura Diguinho no meio do campo, impedindo a progressão da jogada, e é expulso, com o segundo cartão amarelo, em uma das muitas faltas do Atlético Goianiense, corretamente marcadas pelo juiz. Querendo mostrar seu valor em campo, o lateral Julio César faz uma jogada incrível chegando pela linha de fundo e deixando adversário no chão com drible, mas erra o passe crucial que determinaria o segundo gol do Fluminense.

Termina o jogo, sem espetáculo, mas com a vitória. 3 ponto conquistados, espero que seja o começo de uma história de vitórias no Campeonato. Acho que é o que todos queremos.

Primeiro Round: O Começo

9 de maio de 2010
Decidi fazer um diário contando o desenrolar do meu time de coração, o Fluminense Futebol Clube, pelos olhos da torcida, porque afinal é pela torcida que o time se move, e que melhor jeito de analisar o rendimento de um time se não pelos padrões que estão em seu âmago de driblar, correr, comemorar?
Os gregos devem ter chorado muito ano passado. Acreditando que o mundo real não era real, e que a única coisa de fato perfeita e portanto real seria a matemática, eles devem ter se decepcionado muito uma vez que o Fluminense provou o quanto a matemática é ineficiente quando se envolve a garra e o espírito guerreiro na equação. Dando a maior arrancada da história dos Campeonatos Brasileiros, conquistando sete vitórias e dois empates nos últimos nove jogos de 2009, o Fluminense se livrou do rebaixamento que muitos afirmavam já ser certo desde a metade do campeonato. Contando com um apoio sem igual da torcida, que lotou os estádios em todos os jogos, dentro ou fora de casa, o time que foi apelidado de ‘time de guerreiros’ ainda foi vice-campeão da Copa Sul-Americana e animou até muitos comentaristas, que se surpreendiam com os resultados positivos consecutivos. Na época, o técnico Cuca superou toda desconfiança e superou as mais esperançosas expectativas.
Este ano, o Campeonato Brasileiro começa de uma maneira diferente. O time praticamente se manteve o mesmo, com escassas exceções, como o atacante Maicon, que foi para o Lokomotiv da Rússia, mas o rendimento em campo tem sido instável. Todos os jogadores mais fracos das temporadas anteriores foram dispensados ou negociados, e para suas posições contratados jogadores que se destacaram pelos seus clubes anteriores, como Julio César, lateral-esquerdo do Goiás, e Everton, segundo volante do Barueri (agora Grêmio Prudente). Ainda assim, reforços fazem-se necessários, e a diretoria busca a contratação de jogadores de ponta para a disputa pelo topo da tabela esse ano. A comissão técnica também foi modificada, com Cuca sendo demitido pela diretoria pelo insucesso no Campeonato Carioca, ainda que seu rendimento no comando do time fosse algo espantoso para os padrões brasileiros. No seu lugar, chegou há poucas semanas o tricampeão brasileiro no comando do São Paulo, Muricy Ramalho, conhecido pelo seu temperamento esquentado e alto grau de profissionalismo, o que pode acarretar em altas mudanças no estado do CT tricolor.
Bom, o campeonato está para começar para o meu tricolor das laranjeiras hoje às 18h30 no estádio do Castelão, no Ceará, contra o Ceará, recém-promovido à Série A. Ainda faltam algumas horas, e tudo que resta agora é esperar.
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“São trinta e oito decisões”, assim afirma o técnico Muricy. Os resultados positivos individuais realmente são o que vai garantir um título no conjunto, espero de verdade que seja isso que o Fluminense busque nas partidas, com a mentalidade de vencer todas, ou o máximo possível, e dar o seu melhor. O Ceará vem de uma decepção no campeonato estadual, após ver seu rival Fortaleza ser tetracampeão cearense, enquanto o Fluminense vem de duas derrotas e eliminação pro Grêmio na Copa do Brasil, ou seja, ambos buscam uma compensação neste jogo, veremos quem merece mais dentro de campo durante o jogo.
CEARÁ 1 x 0 FLUMINENSE
CEARÁ: Diego; Diogo, Fabrício, Anderson, Thyago Fernandes (Ernandes); Michel, Heleno, Careca (Tony), Geraldo, Erick Flores (Clodoaldo); Misael. Técnico: P. C. Gusmão.

FLUMINENSE: Rafael; Gum (Leandro Euzébio), Digão, Cássio; Mariano, Diguinho, Marquinho, Julio César (Wellington Silva), Conca; Willians (Everton), André Lima. Técnico: Muricy Ramalho.

Árbitro: Paulo César de Oliveira.

Gols: 34’ Geraldo (1-0).

Cartões: Amarelos: Careca, Geraldo, Heleno [2], Michel (CEA), Mariano, Conca, Digão (FLU).
Vermelhos: Heleno (CEA), Cássio (FLU).

O jogo começa lento, com pouca atividade ofensiva, atacantes tímidos, mal tocam na bola, com o Ceará tendo muito mais posse de bola, porém sem objetividade.
Depois de não marcar falta em cima de Diguinho no meio de campo, na seqüência da jogada feita pelo Ceará, o juiz marca pênalti de Cássio em Geraldo e expulsa o zagueiro tricolor aos 33 minutos do primeiro tempo. É um absurdo, não era pra tanto, Cássio pegou primeiro na bola antes de derrubar o jogador cearense dentro da área. Completamente fora da realidade essa atitude do juiz, que, mesmo que marcasse a falta, dar o cartão vermelho direto é algo incompreensível. Lance polêmico.
Outro lance polêmico. O bandeirinha Edmilson Corona manda voltar o pênalti defendido por Rafael, alegando que o goleiro tenha se adiantado na cobrança da penalidade, o que de fato aconteceu, porém apenas após a paradinha do batedor do Ceará. Dessa maneira, é fácil demais. 1 a 0 Ceará, gol de Geraldo.
Ridículo, simplesmente ridículo. O mais impressionante é que pouco tempo antes, a torcida cearense ainda hostilizava o árbitro.
Para recompor a defesa, Muricy tira Gum, que caiu e disse estar com dor nas costas, para por Leandro Euzébio ao lado de Digão. Muricy errou ao barrar Everton, que realiza a função de marcação muito melhor que Marquinho.
O Fluminense erra muitos passes, de forma clamorosa, dificultando a construção de jogadas e a fluidez do jogo. O juiz ainda deixa de dar faltas a favor do Fluminense, o que dificulta mais, enquanto basta que um jogador alvinegro caia pra marcar a favor do Ceará.
Os próprios comentaristas Lédio Carmona e Kleber Machado comentam que o juiz errou ao não dar a falta em Diguinho (1), marcar o pênalti sem avaliar melhor (2), expulsar Cássio (3) e mandar o pênalti voltar depois do passe a frente do Rafael (4). Quatro erros num lance só, acho que esse juiz vai pontuar negativo no Cartola FC dessa rodada.
Entra Everton no lugar de Willians, bola dentro pro Muricy, pelo menos. Ainda falta uma peça mais ofensiva, como o meia argentino Equi González, que está no banco, e que poderia com toda certeza entrar no lugar de Marquinho, que está sumido no jogo, ou de Julio César, que está errando muito.
André Lima ainda não consegue render no ataque, chutando mal a gol, errando passes. Conca, que deveria ser a peça-chave tricolor, parece afoito, demonstrando uma certa ansiedade nos lances que tenta criar. Everton joga bem, não pode ser barrado nesse momento de forma alguma.
O Fluminense não ataca, chega de maneira muito fraca na frente e não cria jogadas de perigo para o Ceará. Precisava ter uma atitude como a que teve ano passado com o time de guerreiros. O Ceará também não ameaça, mas com a vantagem no placar, não precisa tanto assim.
O trio de arbitragem marca tudo no grito do técnico P. C. Gusmão e da torcida cearense, como o cartão amarelo pro Conca. A falta de preparo físico do time carioca é algo evidente no final da partida e precisa ser avaliada pela comissão técnica no quesito de condicionamento da equipe.
Aos 47 minutos do segundo tempo, enfim, o juiz expulsa o jogador Heleno, do Ceará, após dar uma tesoura no meia do Fluminense, Wellingotn Silva.
Termina o jogo, de maneira fraquíssima em termos técnicos e de habilidade, de ambas as partes. Uma estréia para se esquecer do ponto de vista da torcida tricolor, resta-nos apenas esperar para ver o que a diretoria fará durante a semana, e com a diretoria que nós, tricolores, sabemos que temos, isso é deveras preocupante.