Quarto Round: Mostrando a Que Viemos

26 de maio de 2010
Abatido pela saída iminente de seu imperador (que para mim está mais pra bobo da corte), o Flamengo será o adversário do Fluminense essa rodada. O clássico mais charmoso do país se faz presente mais uma vez no Campeonato Brasileiro. Do lado do Fluminense, o técnico Muricy Ramalho repete a escalação da partida contra o Corinthians para que os jogadores adquiram mais entrosamento, e do lado do Flamengo, algumas peças novas querem mostrar a que vieram. Torçamos para que seja um espetáculo como só esse duelo pode ser.

FLUMINENSE 2 X 1 FLAMENGO

FLUMINENSE: Rafael; Mariano, Leandro Euzébio, Gum, Carlinhos; Diguinho, Diogo, Marquinho, Conca; Rodriguinho (Alan), Fred (André Lima).
FLAMENGO: Bruno; Leo Moura, David, Ronaldo Angelim, Juan; Fernando, Toró, Rômulo (Ramon), Camacho, Vinícius Pacheco (Diego Maurício); Vagner Love.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique.
Gols: 10’ Rodriguinho (1-0), 55’ Conca (2-0), 90’ Bruno (2-1).
Cartões: Amarelos: Gum (FLU), Leo Moura, Toró, Fernando, Camacho, David (FLA).
              Vermelhos: Fernando (FLA).

O Fluminense começa de maneira fulminante, marcando o primeiro gol logo aos 10 minutos, o primeiro de Rodriguinho com a camisa do Fluminense, após jogada excelente do meia argentino Conca, que continua sendo o maior destaque do time, montando jogadas de pura habilidade e driblando perfeitamente. Marquinho participa bem, enquanto Diogo erra muito o tempo de bola. Do lado do Flamengo, Vagner Love e Vinícius Pacheco jogam bem, chegando nas poucas chances com velocidade à área tricolor, esbarrando nas boas defesas do goleiro Rafael.
Toró primeiro segura a cabeça de Conca com uma mão e depois da um tapa no rosto dele com a mão, merecia ter sido expulso direto mas o juiz releva, não dando nem cartão amarelo. A torcida tricolor, e eu me incluo nisso, não ‘apreciamos’ nem um pouco o volante rubro negro Toró, jogador ingrato que teve todo seu preparo e recuperação de lesões sérias pagas e cuidadas pelo Fluminense quando este ainda era jovem e foi, como se poderia esperar de um pretenso flamenguista, correndo pra jogar pelo Flamengo. Garanto que este é um jogador que eu jamais quero ver usar a camisa tricolor de novo, contrataria qualquer João Ninguém antes dele, pode ter certeza, preferiria entrar em campo todo jogo com um a menos, se bem que com ele em campo essa é a hipótese que mais ocorre de qualquer maneira.
Fluminense joga muito bem, estimulando a torcida, que canta muito. Na volta do intervalo, o Flamengo com algumas alterações cria algumas chances, porém é superado pelo time tricolor, que amplia o placar pelos pés de Conca, melhor jogador em campo, num balaço de fora da área, indo morrer no fundo das redes do supersticioso Bruno, que trocou de camisa no vestiário achando que o fraco futebol do Flamengo se devia aos seus trajes. Coitado, só posso dizer isso.
Toró enfim toma o cartão amarelo por falta em Carlinhos, lateral que tem sido um dos maiores destaques do jogo e que a meu ver merece estar na seleção da rodada, indo com muita velocidade e eficiência a frente. Em outra jogada de Carlinhos, Fernando dá um carrinho criminoso para para-lo e é corretamente expulso.
Vai chegando o final do jogo e a torcida entoa o refrão que marcou os últimos anos tricolores “O show tááááááááá cooooooomeeeçandooo”. A cena da torcida branca, verde e grená é tão bela que aparece no vídeo da FIFA para a Copa do Mundo que se realizará esse ano na África do Sul em menos de um mês.
Ao final do jogo, Gum faz bestamente falta em Vagner Love na entrada da área, permitindo ao Flamengo o gol de honra do goleiro Bruno, cobrando o tiro livre. O goleiro não comemora pela sua péssima fase de relação com a torcida. Acho que nenhum deles está nem aí para o outro. #Significa #OShowTáComeçando
Termina o jogo, o Fluzão conquista uma bela vitória marcada por um ótimo futebol e demonstrando um entrosamento que ficará mais evidente nos jogos por vir em seqüência. Agora sim deu pra sentir satisfação real de assistir uma partida do Fluzão. Vamos que vamos, que engrena.

Terceiro Round: Bandeirinhas da Discórdia

23 de maio de 2010

O jogo de hoje é importante. Contando com um time que mistura experiência de jogadores maduros com boas passagens pela Europa e o futebol agitado de alguns ainda novos no ramo futebolístico, o Corinthians será o primeiro teste para o jogo tricolor. O Fluminense praticamente acertou a contratação de dois jogadores do São Paulo, o zagueiro André Luis, que já jogou no tricolor das Laranjeiras em 2001, e o volante-meia Cleber Santana, que devem ser apresentados na semana que vem. Negociações com Araújo desenvolvem e provavelmente culminarão num final feliz.
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O Corinthians pode sofrer um certo desmanche, perdendo Dentinho pro Benfica (POR), Marcelo Mattos que tem o empréstimo do Panathinaikos (GRE) acabando em breve, Paulo André que também tem o empréstimo se encerrando, mas o Corinthians tenta negociar com o recém-caído no Campeonato Francês LeMans, que tem contrato com o zagueiro. Ronaldo não joga hoje, poupado para recuperar condições físicas.O Fluminense terá o retorno de Fred, Alan e Gum, e a estréia de Carlinhos, lateral ex-Santo André.

CORINTHIANS 1X0 FLUMINENSE

CORINTHIANS: Felipe; Moacyr, William, Chicão, Roberto Carlos; Jucilei (Tcheco), Elias, Ralf; Jorge Henrique, Dentinho (Defederico), Souza (Paulo André).

FLUMINENSE:Rafael; Mariano, Gum, Leandro Euzébio, Carlinhos (Alan); Diguinho (André Lima), Diogo, Marquinhos, Conca; Rodriguinho, Fred.

Juiz: Leonardo Gaciba da Silva.

GOLS: 11’ Chicão (1-0)

CARTÕES: AMARELOS: Jucilei, Felipe, Jorge Henrique, Defederico (COR), Leandro Euzébio, Diguinho, Conca (FLU).

VERMELHO: -

O Fluminense começa desligado, e toma gol de falta do ótimo zagueiro Chicão, que cobra no canto de Rafael. O time troca bem os passes no meio de campo pra frente, o que não pode ser dito no campo de defesa.

Bandeirinha anula duas jogadas legais do Fluminense, uma delas que resultaria no gol de empate dos pés de Rodriguinho. Carlinhos lança bola na área depois de rebote de escanteio e Fred perde a melhor chance do jogo, cabeceando para fora. Bandeirinha duvidoso no lado direito do campo.

Começa o segundo tempo sem alterações. A atuação de Diguinho não está agradando o treinador tricolor, e provavelmente será substituído em breve em função dos passes errados e da demora em fazer as jogadas. Rodriguinho permanece atacando. Diguinho, destoando da atuação geral, cruza perfeito para Fred, que se lança, porém manda à direita do gol corintiano, assustando a torcida do Pacaembu. Falta precisão no ataque tricolor. Novo erro do bandeirinha, dessa vez o da esquerda, anulando mais uma jogada do time carioca. Comentaristas da TV Globo tendenciosos para os times paulistas, apesar de terem reconhecido dois dos três lances equivocados do trio de arbitragem, não surpreendem ninguém, com certeza. O juiz em si não tem interferido muito no jogo, mantendo-se numa medida relativamente correta. O mal humorado Mano Menezes só sabe fazer reclamar.

Pênalti para o Fluminense do goleiro Felipe em Fred, anulado pelo bandeirinha. Bandeirinhas roubando direto, um absurdo completo. Muricy aponta para Mano Menezes e o adverte “Você está apitando o jogo”, e eu concordo plenamente com ele. O juiz não tem erro no jogo, quem errou até agora de maneira descarada foram os dois bandeirinhas.

Fluminense ataca bem, demonstra que quer vencer o jogo, entretanto, o entrosamento Diogo/Diguinho está péssimo. Everton ou Equi Gonzalez precisam entrar.

Corinthians no campo defensivo majoritariamente, sem conseguir sair pro jogo, devido aos ataques constantes do Fluminense. Mano Menezes parece um Sith da série Star Wars, todo vestido de preto. Defederico toma cartão amarelo por simular penalidade. Diogo horroroso no jogo, errando até rebote de lateral cobrada pra ele.

Infelizmente, por mais que o Fluminense tenha tentado, não conseguiu balançar as redes alvinegras. O próximo jogo será o clássico contra o Flamengo, maior rival da história do Fluminense e demonstrar bom futebol sem resultado não servirá de muito aí. Agora é torcer muito, potencial para ganhar, o time tem, só precisa faze-lo.

Segundo Round: Primeira Vitória

15 de maio de 2010
Após uma semana marcada por muitas especulações de reforços para o elenco tricolor com jogadores mais experientes, o Fluminense tem pouco para mostrar fisicamente. O tricolor das Laranjeiras contratou outro dos destaques do time do Santo André, vice-campeão paulista, o lateral-esquerdo Carlinhos, evidenciando assim que não está satisfeito com o baixo rendimento do lateral Julio César. Muitos falam da maldição da camisa 6 tricolor que vem desde a segunda saída do lateral Júnior César, hoje no São Paulo. Na minha opinião, isso vem de antes dele até, desde que vendemos o Marcelo, muitas vezes convocado para a Seleção Brasileira de Dunga, para o Real Madri. Ainda lembro de um dos gols mais bonitos que já vi durante o ano em que o lateral recém-promovido dos juniores participou de forma vital. Foi o segundo gol contra o Figueirense na vitória por 2 a 0 dentro do Maracanã pelo Campeonato Brasileiro de 2006, quando Marcelo driblou três jogadores alvinegros, tocou de letra para Petkovic, hoje no Flamengo, que driblou mais dois incluindo o goleiro, e mandou pro fundo das redes. Incrível, simplesmente incrível. #EuEstavaLá.

Voltando a 2010, o Fluminense se envolveu em muitas negociações essa semana sem muitas conclusões. Um dos reforços dados como certo, o experiente volante Tinga, ex-Internacional, acabou voltando para o colorado apesar de ter sido divulgado em todas as mídias que ele estaria certo com o Fluminense, o que só mostra a fraqueza da diretoria em finalizar as contratações. Ainda esperamos a apresentação do Araújo, atacante ex-Cruzeiro e Goiás, que atua na Arábia e já foi eleito várias vezes o melhor jogador do Campeonato Árabe. Acredito que ele seria até um reforço muito mais significativo que alguns dos nomes levantados recentemente, como Tcheco, do Corinthians.

A mais badalada possível contratação, entretanto, permanece sobre a possibilidade do meia luso-brasileiro Deco, de 32 anos, vestir a camisa tricolor a partir de agosto, quando a janela de transferências do mercado europeu reabrir. Apesar de concorrer com Corinthians, Palmeiras e Sporting Lisboa pela contratação do experiente jogador da seleção portuguesa que vai a Copa desse ano, tenho sinceras esperanças que o Fluminense consiga contrata-lo, principalmente pela oferta financeira feita ao jogador, de nível dos grande clubes europeus. Como ele está na lista de dispensa do time inglês Chelsea, sua transferência pode ser muito facilitada por isso. Só o tempo dirá, porém, que destino terá o jogador.
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Para o jogo de hoje do Fluzão, haverão várias novidades em campo. Depois de penar na primeira rodada com os desfalques, o técnico Muricy Ramalho vai poder contar com as apostas contratadas após o Campeonato Carioca e o recém-chegado Rodriguinho, ex-atacante velocista do Santo André, que formará dupla de ataque com André Lima, a princípio. De negativo, pode ocorrer a não-escalação do meia argentino xodó da torcida, Darío Conca, que sofreu uma leve entorse no tornozelo esquerdo. Pouco antes da partida será avaliado se ele terá condições de jogo. Conhecendo o futebol do craque argentino, garanto que toda a torcida tricolor torce por ver Conca em campo no primeiro jogo do Fluminense dentro de casa no Campeonato Brasileiro, onde pegaremos o time misto do Atlético Goianiense, semi-finalista da Copa do Brasil. Agora é esperar a bola rolar.

FLUMINENSE 1 X 0 ATLÉTICO GOIANIENSE

FLUMINENSE: Rafael; Mariano, Leandro Euzébio, Digão, Julio César (Everton); Diguinho, Diogo, Marquinho, Conca; Rodriguinho (Wellington Silva), André Lima.

ATLÉTICO GOIANIENSE: Edson; Jairo, Ayrton, Welton Felipe, Chiquinho; Erandir, Pituca (Agenor), Elias (Anaílson), Robston; Marcão, Rodrigo Tiuí (Keninha).

Árbitro: Carlos Eugênio Simon.

Gols: 69’ Marquinho (1-0).

Cartões: Amarelos: Welton Felipe [2] (AGO), Leandro Euzébio (FLU).

Vermelhos: Welton Felipe (AGO).

O Fluminense age de maneira muito mais ofensiva que no outro jogo, partindo pra frente, principalmente com Conca, que conseguiu ter condições de jogo. O argentino acerta o travessão várias vezes e bate faltas muito perigosas, revelando estar muito mais focado que na semana passada, mal parece que estava com risco de não jogar. Falta só o time ter mais objetividade na hora de chutar, mas está jogando bem. Digão, destoando, precisa acordar para o jogo, pois está dando passes perigosos na entrada da área, gerando algumas chances do Atlético marcar, parando nas mãos do goleiro Rafael.

Leandro Euzébio, nosso outro zagueiro, surge como boa opção nas batidas de falta e escanteios, esbarrando nas boas defesas e bom posicionamento do goleiro Edson. Erros de passe no meio-de-campo continuam sendo o maior empecilho pro Fluminense, que é alvo de muitas faltas do time goiano, principalmente em cima do Conca, sempre próximo à área atleticana, para conseguir para-lo. O argentino mostra todo o futebol e desenvoltura que tem, sendo o maior destaque do jogo, acertando outro balaço no travessão em cobrança de falta aos 12 do segundo tempo. Já ocorreram dois gols anulados do Fluminense, mas sem polêmica, corretamente retirados. O goleiro Edson é que é de fato o destaque do Atlético na partida, agarrando tudo que vai na direção do gol, com as mãos ou os pés, como no chute a queima-roupa do já mencionado Conca. Pressão tricolor no começo do segundo tempo, apesar disso, André Lima permanece demonstrando o pouco futebol do último jogo.

Goleiro Edson parece uma muralha, todo chute bate nele, impedindo o placar de sair do zero, seja em chutes do Conca, Rodriguinho ou Marquinho, que são os que mais finalizam a gol do lado do Fluminense. Aos 24, finalmente o grito tricolor abandona a garganta do torcedor após o chute de Marquinho finalmente quebrar a defesa de Edson, rolando devagar para dentro do gol, é o primeiro gol do Fluminense no Brasileirão.
Welton Felipe, único jogador que tinha tomado cartão na partida, segura Diguinho no meio do campo, impedindo a progressão da jogada, e é expulso, com o segundo cartão amarelo, em uma das muitas faltas do Atlético Goianiense, corretamente marcadas pelo juiz. Querendo mostrar seu valor em campo, o lateral Julio César faz uma jogada incrível chegando pela linha de fundo e deixando adversário no chão com drible, mas erra o passe crucial que determinaria o segundo gol do Fluminense.

Termina o jogo, sem espetáculo, mas com a vitória. 3 ponto conquistados, espero que seja o começo de uma história de vitórias no Campeonato. Acho que é o que todos queremos.

Primeiro Round: O Começo

9 de maio de 2010
Decidi fazer um diário contando o desenrolar do meu time de coração, o Fluminense Futebol Clube, pelos olhos da torcida, porque afinal é pela torcida que o time se move, e que melhor jeito de analisar o rendimento de um time se não pelos padrões que estão em seu âmago de driblar, correr, comemorar?
Os gregos devem ter chorado muito ano passado. Acreditando que o mundo real não era real, e que a única coisa de fato perfeita e portanto real seria a matemática, eles devem ter se decepcionado muito uma vez que o Fluminense provou o quanto a matemática é ineficiente quando se envolve a garra e o espírito guerreiro na equação. Dando a maior arrancada da história dos Campeonatos Brasileiros, conquistando sete vitórias e dois empates nos últimos nove jogos de 2009, o Fluminense se livrou do rebaixamento que muitos afirmavam já ser certo desde a metade do campeonato. Contando com um apoio sem igual da torcida, que lotou os estádios em todos os jogos, dentro ou fora de casa, o time que foi apelidado de ‘time de guerreiros’ ainda foi vice-campeão da Copa Sul-Americana e animou até muitos comentaristas, que se surpreendiam com os resultados positivos consecutivos. Na época, o técnico Cuca superou toda desconfiança e superou as mais esperançosas expectativas.
Este ano, o Campeonato Brasileiro começa de uma maneira diferente. O time praticamente se manteve o mesmo, com escassas exceções, como o atacante Maicon, que foi para o Lokomotiv da Rússia, mas o rendimento em campo tem sido instável. Todos os jogadores mais fracos das temporadas anteriores foram dispensados ou negociados, e para suas posições contratados jogadores que se destacaram pelos seus clubes anteriores, como Julio César, lateral-esquerdo do Goiás, e Everton, segundo volante do Barueri (agora Grêmio Prudente). Ainda assim, reforços fazem-se necessários, e a diretoria busca a contratação de jogadores de ponta para a disputa pelo topo da tabela esse ano. A comissão técnica também foi modificada, com Cuca sendo demitido pela diretoria pelo insucesso no Campeonato Carioca, ainda que seu rendimento no comando do time fosse algo espantoso para os padrões brasileiros. No seu lugar, chegou há poucas semanas o tricampeão brasileiro no comando do São Paulo, Muricy Ramalho, conhecido pelo seu temperamento esquentado e alto grau de profissionalismo, o que pode acarretar em altas mudanças no estado do CT tricolor.
Bom, o campeonato está para começar para o meu tricolor das laranjeiras hoje às 18h30 no estádio do Castelão, no Ceará, contra o Ceará, recém-promovido à Série A. Ainda faltam algumas horas, e tudo que resta agora é esperar.
...
“São trinta e oito decisões”, assim afirma o técnico Muricy. Os resultados positivos individuais realmente são o que vai garantir um título no conjunto, espero de verdade que seja isso que o Fluminense busque nas partidas, com a mentalidade de vencer todas, ou o máximo possível, e dar o seu melhor. O Ceará vem de uma decepção no campeonato estadual, após ver seu rival Fortaleza ser tetracampeão cearense, enquanto o Fluminense vem de duas derrotas e eliminação pro Grêmio na Copa do Brasil, ou seja, ambos buscam uma compensação neste jogo, veremos quem merece mais dentro de campo durante o jogo.
CEARÁ 1 x 0 FLUMINENSE
CEARÁ: Diego; Diogo, Fabrício, Anderson, Thyago Fernandes (Ernandes); Michel, Heleno, Careca (Tony), Geraldo, Erick Flores (Clodoaldo); Misael. Técnico: P. C. Gusmão.

FLUMINENSE: Rafael; Gum (Leandro Euzébio), Digão, Cássio; Mariano, Diguinho, Marquinho, Julio César (Wellington Silva), Conca; Willians (Everton), André Lima. Técnico: Muricy Ramalho.

Árbitro: Paulo César de Oliveira.

Gols: 34’ Geraldo (1-0).

Cartões: Amarelos: Careca, Geraldo, Heleno [2], Michel (CEA), Mariano, Conca, Digão (FLU).
Vermelhos: Heleno (CEA), Cássio (FLU).

O jogo começa lento, com pouca atividade ofensiva, atacantes tímidos, mal tocam na bola, com o Ceará tendo muito mais posse de bola, porém sem objetividade.
Depois de não marcar falta em cima de Diguinho no meio de campo, na seqüência da jogada feita pelo Ceará, o juiz marca pênalti de Cássio em Geraldo e expulsa o zagueiro tricolor aos 33 minutos do primeiro tempo. É um absurdo, não era pra tanto, Cássio pegou primeiro na bola antes de derrubar o jogador cearense dentro da área. Completamente fora da realidade essa atitude do juiz, que, mesmo que marcasse a falta, dar o cartão vermelho direto é algo incompreensível. Lance polêmico.
Outro lance polêmico. O bandeirinha Edmilson Corona manda voltar o pênalti defendido por Rafael, alegando que o goleiro tenha se adiantado na cobrança da penalidade, o que de fato aconteceu, porém apenas após a paradinha do batedor do Ceará. Dessa maneira, é fácil demais. 1 a 0 Ceará, gol de Geraldo.
Ridículo, simplesmente ridículo. O mais impressionante é que pouco tempo antes, a torcida cearense ainda hostilizava o árbitro.
Para recompor a defesa, Muricy tira Gum, que caiu e disse estar com dor nas costas, para por Leandro Euzébio ao lado de Digão. Muricy errou ao barrar Everton, que realiza a função de marcação muito melhor que Marquinho.
O Fluminense erra muitos passes, de forma clamorosa, dificultando a construção de jogadas e a fluidez do jogo. O juiz ainda deixa de dar faltas a favor do Fluminense, o que dificulta mais, enquanto basta que um jogador alvinegro caia pra marcar a favor do Ceará.
Os próprios comentaristas Lédio Carmona e Kleber Machado comentam que o juiz errou ao não dar a falta em Diguinho (1), marcar o pênalti sem avaliar melhor (2), expulsar Cássio (3) e mandar o pênalti voltar depois do passe a frente do Rafael (4). Quatro erros num lance só, acho que esse juiz vai pontuar negativo no Cartola FC dessa rodada.
Entra Everton no lugar de Willians, bola dentro pro Muricy, pelo menos. Ainda falta uma peça mais ofensiva, como o meia argentino Equi González, que está no banco, e que poderia com toda certeza entrar no lugar de Marquinho, que está sumido no jogo, ou de Julio César, que está errando muito.
André Lima ainda não consegue render no ataque, chutando mal a gol, errando passes. Conca, que deveria ser a peça-chave tricolor, parece afoito, demonstrando uma certa ansiedade nos lances que tenta criar. Everton joga bem, não pode ser barrado nesse momento de forma alguma.
O Fluminense não ataca, chega de maneira muito fraca na frente e não cria jogadas de perigo para o Ceará. Precisava ter uma atitude como a que teve ano passado com o time de guerreiros. O Ceará também não ameaça, mas com a vantagem no placar, não precisa tanto assim.
O trio de arbitragem marca tudo no grito do técnico P. C. Gusmão e da torcida cearense, como o cartão amarelo pro Conca. A falta de preparo físico do time carioca é algo evidente no final da partida e precisa ser avaliada pela comissão técnica no quesito de condicionamento da equipe.
Aos 47 minutos do segundo tempo, enfim, o juiz expulsa o jogador Heleno, do Ceará, após dar uma tesoura no meia do Fluminense, Wellingotn Silva.
Termina o jogo, de maneira fraquíssima em termos técnicos e de habilidade, de ambas as partes. Uma estréia para se esquecer do ponto de vista da torcida tricolor, resta-nos apenas esperar para ver o que a diretoria fará durante a semana, e com a diretoria que nós, tricolores, sabemos que temos, isso é deveras preocupante.